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segunda-feira, 13 de setembro de 2010


O BEZERRO DE OURO
Êxodo 32

Moisés passou quarenta dias no monte (Ex 24:18), na presença do SENHOR, para receber a primeira parte da lei: os estatutos sobre o relacionamento civil, e instruções sobre as três festas anuais e sobre a conquista de Canaã.

Enquanto ele estava ali, o povo se sentiu abandonado pelo seu grande líder. Eles tinham presenciado as grandes coisas que o SENHOR invisível havia feito por eles, mas agora seu representante Moisés, seu profeta, havia desaparecido montanha acima e eles queriam ter outro objeto visível, formado ao seu gosto, que representasse o seu Deus, a quem pudessem render culto.

Talvez nos choque essa incompreensão do povo, mas é típico do mundo ainda hoje, mesmo o que se chama "cristão": não satisfeitos com o Deus invisível, que se tem revelado poderosamente através dos tempos através do seu povo, do seu Filho, e do seu Espírito, eles querem um objeto visível e palpável, um símbolo, uma imagem, ou um ícone, para receber sua homenagem e adoração como representante de Deus.

Arão fez um bezerro de ouro. Movido por medo do povo, ignorância, ou fraqueza de caráter, assumiu uma "atitude liberal" e acabou cedendo. Esse era um animal sagrado no Egito, onde cultuavam o "deus" Apis, um touro. Também os cananeus representavam Baal (Senhor), ou Moloque, como um touro, símbolo para eles de força e fertilidade, em cujo culto eles praticavam atos de imoralidade sexual. Os israelitas acharam, portanto, natural fazer a estátua de um novilho, para representar o Deus que os havia levado até ali.
Mas, ao fazer isso, eles se esqueceram dos primeiros dois mandamentos do SENHOR. Eles podiam ter boas intenções, podiam ser sinceros, podiam mesmo pensar que estavam cultuando a Deus, mas isso não desculpava a sua desobediência. Mesmo se não fazemos ídolos, podemos ser culpados de procurar moldar nosso Deus à nossa imagem para ajustá-lo às nossas expectativas, desejos e circunstâncias. Devemos sempre recorrer à sua Palavra para nos lembrarmos de como Ele realmente é, qual é a Sua vontade, como devemos nos aproximar dEle, com que espécie de sacrifícios Ele se agrada e de que forma Ele deve ser adorado.

Arão assumiu a posição de sacerdote, construiu um altar diante do bezerro de ouro e convocou o povo para uma festa ao SENHOR no dia seguinte. É óbvio que o motivo não era vir ao SENHOR em reverência e humildade, para oferecer-lhe sacrifícios pelos seus pecados e exaltar o Seu nome: eles madrugaram para oferecer holocaustos e ofertas pacíficas, e depois assentaram-se para comer, e beber, e divertir-se (esta é a mesma palavra encontrada em Gênesis 26:8, e sugere atividade de ordem sexual, uma orgia como se praticava nos cultos pagãos).

Lamentavelmente é o divertimento que atrai muita gente para certas "igrejas" hoje em dia. Alguns "cultos de louvor" não passam de um vergonhoso deboche, onde as emoções são ativadas hipnoticamente por frases e corinhos repetidos muitas vezes ao som de música estridente, e por cenas inesperadas e chocantes manipuladas por "pastores" ávidos por uma boa arrecadação financeira. A falta de reverência é notória, o alvo sendo apenas a satisfação pessoal.

A ira de Moisés ao ver a idolatria e a folia do povo foi tal que:

1. quebrou as preciosas tábuas lavradas e escritas pela mão de Deus, simbolizando vividamente a violação da aliança,

2. queimou e reduziu a pó o bezerro (provavelmente tinha uma armação interna de madeira) e, misturando o pó em água, lançou-o no ribeiro que descia do monte e assim fez o povo bebê-lo (Deuteronômio 9:21) e, finalmente,

3. voltou-se contra Arão indagando "que te fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado?" assim mostrando que Arão, líder na sua ausência, era o principal responsável (ele também havia intercedido por Arão perante o SENHOR, para que não o destruísse - Deuteronômio 9:20).

A ira contra o pecado é um sinal de vitalidade espiritual, e não deve ser abafada, mas tomemos cuidado para não falar ou fazer algo de que tenhamos motivo para nos arrepender mais tarde.

O povo estava desenfreado, isto é, perdera seu recato (algumas traduções dizem andava nu). Era necessário tomar medidas enérgicas para acabar com a imoralidade, e foi isso que Moisés fez, matando três mil homens. Em suas epístolas, o apóstolo Paulo nos lembra que a tolerância pelos crentes que continuam a viver em pecado contamina toda a igreja (1 Coríntios 5:1-7). Esse tipo de tolerância, contrária à disciplina necessária nas igrejas, tem resultado no declínio espiritual e moral das igrejas através dos séculos.



R David Jones

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Muitas vezes na nossa vida passamos por desafios e dificuldades, ansiamos por algo novo e o novo não vem.

A momentos que eu penso que a maior liberdade que temos é a capacidade de sonhar, mas sonhos são anelos que por vezes estão distantes da realidade que vivemos.

Nem todos conservam a habilidade de sonhar!

Creio que é Deus quem nos permite sonhar e sonhar alto, é Ele quem coloca a esperança, a disposição e a perseverança em nosso coração.

Já conversei com pessoas completamente desanimadas e fracassadas que desistiram de sonhar e perderam a esperança, mas quando Deus restaurou a sorte ficaram como quem sonha.

No salmo 126 podemos ver que o povo de Israel estava vivendo como escravos, eles sofreram, por isso eles choravam enquanto trabalhavam, eles perderam vontade de sonhar, mas Deus viu e mudou a realidade, colocando riso e júbilo em suas bocas pela liberdade que receberam.
Note que grandes coisas fez o Senhor por eles, por isso estavam alegres e voltaram a sonhar.

Que a fidelidade de Deus por nossas vidas e a nossa esperança no Deus vivo nos faça sonhar cada vez mais!